terça-feira, 23 de março de 2010

Duas histórias e uma pitada de Meryl Streep

Desde quando vi o trailer de Julie and Julia, fiquei curioso para assistir o filme. A história parecia interessante e, claro, o que mais chamou minha humilde atenção é a presença da maravilhosa (acredito que esse adjetivo é pouco para ela ainda) Meryl Streep. Minhas sensações só vieram a se confirmar quando assisti o filme.
Dirigido por Nora Ephron, diretora não tão conhecida, o filme é leve e doce. Meryl Streep consegue capturar a alma da verdadeira Julia Child, a voz dela ficou idêntica a da famosa cozinheira, sem dizer, é claro, o visual. Em questão de fidelidade, o filme é nota 10, chegando a reproduzir fielmente a cozinha de Julia.
Temos também, correndo paralelamente, a história de Julie Powell, interpretada pela novata Amy Adams. Mulher moderna e insatisfeita com sua vida, Julie decide traçar um objetivo para si: fazer as 524 receitas contidas no livro de Child em 365 dias.  Ela cria um blog para relatar suas aventuras na cozinha, tendo dúvidas tipícas de quem é blogueiro no caminho, como, por exemplo, "será que tem alguém lendo o que escrevo?". Julie é o contraponto de Julia na história, ao mesmo tempo que a trajetória da duas se completa.
É impossível não assistir ao filme e não sentir pela personagem de Meryl Streep um sentimento maternal ou comparar ela com aquela sua avó que sempre cozinha para todo mundo nos almoços de domingo. Julia sente prazer em estar na cozinha, ao contrário de muitas mulheres modernas que parecem considerar ultrajante fazer um jantar, por exemplo. Cozinhar para ela não é submeter-se a uma tradição secular de que lugar de mulher é no fogão. Não. Julia Child desafia a sociedade da sua época matriculando-se em aulas que, até então, eram para homens. A cozinheira faz a vida parecer simples e gostosa, faz você ter vontade de, ao acabar de assistir o filme, ir cozinhar.
Quebrando barreiras na cozinha
Amy Adams fez, também, Prenda-me se for Capaz

domingo, 14 de março de 2010

Eles estão de volta! Quem? Os bons videoclipes!

Os Anos 80 serviram para estabelecer uma nova forma de divulgação musical: o videoclipe. Continuou muito forte no começo dos Anos 90 até a metade dessa década. A estréia de um videoclipe do Michael Jackson, por exemplo, era um evento mundial. Todos esperavam para ver qual seria a próxima do Rei do Pop. Hoje em dia, o que eu sentia (ou sinto) é o seguinte: "Ah, vamos fazer mais esse clipe pra não ficar sem nada". Acredito que a internet desencorajou os artistas. Eles estavam acostumados a fazer vídeos para a TV, não para a internet.
Mas então algo aconteceu no universo pop...

E fez-se Gaga!

Digo isso porque ela está investindo fortemente em videoclipes. São elaborados, com ótimo roteiro, figurino então nem se fala. Enfim, a cantora desconhecida até ano retrasado chegou para abalar as estruturas do pop. Buscando refêrencias em Andy Wahrol, Gaga diz querer fazer uma arte acessível, comerciavel, nas bases do Pop Art. Acredito que tenha conseguiu, afinal, seus clipes são verdadeiras obras de arte e sucesso no mundo inteiro.
Além disso, ela conseguiu encontrar na internet uma aliada, fazendo com que seus vídeos sejam assistidos milhões de vezes no mundo todo e que seu nome apareça nos Trending Topics (Twitter) do mundo todo antes mesmo do seu vídeo estreiar. Incrível. Gaga resgatou algo que estava perdido. A arte de se fazer um bom clipe e de criar expectativas em cima disso. E eu espero que isso sirva para acordar todos os outros postars. O videoclipe ainda é a melhor forma de divulgação de um trabalho!

Mas, o que me motivou a escrever toda essa introdução foi a estreia de Telephone!

O vídeo tem quase dez minutos de duração, mas não cansa em nenhum momento. A história é, simplificando, que Lady Gaga está presa e a Beyoncé a berta. Então as duas começam a matar. Parceiras no crime. Claro, falando assim parece simples mas não é.
Podemos perceber muitas influências nesse clipe. Vou citar apenas algumas.

Filme Telma e Louise: Dirigido por Ridley Scott e estrelado por Susan Sarandon e Geena Davis, o filme nos mostra duas mulheres decepcionadas e entediadas com suas vidas. Então, elas decidem fazer uma viagem de carro. Tornam-se parceiras. Inclusive, matam.
Filme Chicago: Musical de Rob Marshall e vencedor do Oscar de Melhor Filme, duas mulheres bem diferentes, estrelas do seu tempo, acabam sendo presas. A cena em que Gaga dança na cadeia é muito parecida com a parte do filme em que é cantada a música Cell Block Tango, onde várias presidiarias descrevem seus crimes.

Filme Kill Bill: Uma mulher procurando vingança a todo custo. No clipe, ainda vemos o carro usado pela personagem, o Pussy Wagon.

Quadrinhos: É muito clara a influência das HQs em Telephone. As chamadas Onomatopeias marcam presença durante boa parte do clipe. E, também, a roupa usada por Gaga e Bey são, provavelmente, inspiradas nos uniformes da Mulher Maravilha e/ou Capitão América.

Enfim, essas são as influências mais fortes. Tudo isso misturado com a presença de duas das maiores Popstars da atualidade fazem do clipe um obra de arte!

Quem não assistiu, assista!

quinta-feira, 11 de março de 2010

Rated R: uma ótima surpresa!

Quando soube do lançamento do novo álbum da Rihanna fiquei totalmente descrente. "A imagem dela já está saturada!", "Por que ela não pega férias um pouco?" ou "Ela vai repetir Good Girl Gone Bad!" foram os comentários que mais ouvi e falei.
Quando escutei a primeira música, Wait Your Turn, confesso que falei "Não disse, esse álbum é muito ruim!". Pois é. Mordi minha língua, como alguns antigos diriam. Ouvi o álbum inteiro e digo que Rated R é um dos melhores álbuns lançados em 2009!

O CD foi gravado entre os meses de março e novembro do ano passado. Período conturbado para a cantora de Barbados. Afinal, ela passou por problemas em seu relacionamento com Chris Brown durante todo esse tempo, mas o ápice desses desentendimentos foi a briga em que o cantor agrediu fisicamente a cantora. Pronto. O circo estava armado e quem estava no picadeiro era Rihanna. O mundo voltou seus olhos para assistir o espetáculo e, como a própria disse em entrevista posterior, do dia para a noite ela se sentia como a Britney Spears.

Nesse momento, seu álbum já estava em produção. Mas não pense que ela entrou em depressão, se trancou em casa ou qualquer coisa do tipo. Muito pelo contrário. Toda a raiva, decepção, tristeza que a cantora sentia se transformou em inspiração, em letras, em ritmo. Seu visual foi drasticamente transformado. Seu corpo e suas atitudes diziam que ela havia amadurecido.

O álbum, que contou com a participação de produtores com Will.I.Am e Ne-Yo, foi então lançado. Nele vemos um lado mais negro, mais maduro da cantora. Letras fortes que falam sobre relacionamentos, sobre pessoas que amam estupidamente (Stupid in Love), sobre os pessimistas que viam a carreira dela como acabada (Hard), sobre sexo (Rude Boy), sobre achar que encontrou a pessoa certa e se enganar (Photographs).

Enfim, talvez sejam os momentos de crise pessoal que proporcionam aos artistas seu melhor momento artistico. Mas eu acredito que a Rihanna se estabeleceu de vez com Rated R no mundo Pop. E eu nunca mais duvidarei do seu potencial.


Procura-se o cantor Chris Brown. Alguém tem visto ele por aí ultimamente?!

quarta-feira, 10 de março de 2010

Que comece a Era Bionic!

Foi confirmado hoje pelo site christinavip.com/ que a pessoa por trás dos misteriosos vídeos virais lançados no YouTube é realmente a Christina Aguilera, como alguns especulavam!


Incrível.

A cantora está praticamente irreconhecível e o mais interessante é que essa campanha começou no dia 31 de janeiro de 2010, ou seja, há mais de um mês. A equipe da cantora realmente não perde tempo e, o melhor, é que os vídeos são maravilhosos. Mostram um lado totalmente novo da X-Tina, uma mudança musical e visual, como já é típico dela em cada CD lançado (Vide Baby Jane na Era Back To Basics).

O Bionic, novo CD da diva com lançamento previsto para abril, promete novos rumos e sons para a carreira da cantora. Uma levada mais futurística, como prometido pela própria. Algo como Falling in Love ou/e Keeps Gettin Better. Os produtores vão da cantora de pop australiana Sia até as bandas Goldfrapp e Ladytron.

Voltando aos vídeos. Neles podemos ver animais e pessoas interagindo com a natureza como se fossem um só corpo. O sentido da palavra biônica é justamente a utilização de processos biológicos nas indústrias, transformar a natureza em tecnologia. Caso você ainda não tenha visto, entre no canal do usuário iamamiwhoami. Prepare-se porque muita coisa boa vai ser feita em cima de todo esse conceito durante esse ano.

Está declarada aberta, oficialmente, a Era Bionic!

terça-feira, 9 de março de 2010

Novo trailer do Homem de Ferro 2!

Vendo o trailer do Homem de Ferro 2, percebi que o segundo pode superar o primeiro!

Robert Downey Jr. continua excelente, temos uma história que se insere e traz elementos do universo Marvel, como, por exemplo, a participação da Viúva Negra (Scarlett Johansson) e do Coronel Nick Fury (Samuel L. Jackson) e, é claro, o filme também conta com a participação mais do que especial de Mickey Rourke, interpretando o vilão da história, Whiplash (que não era tão conhecido nas HQ's). Além disso, veremos um gancho para o filme dos Vingadores. Agora é só esperar (ansiosamente) que chegue o dia 30 de abril para podermos assistir no cinema tudo isso!

Tony Stark mostrando seus equipamentos para a Viúva Negra.

We are yours!

Esse final de semana assisti ao DVD da Beyoncé, I am Yours, gravado em Las Vegas. A idéia do show era fazer um acústico,  feito já um pouco raro entre as cantoras pop. E o mais inimaginável  é ser um acústico de uma cantora como a Bey, que não fica parada um minuto em cima de um palco.  Posso resumir em uma palavra a sensação que tive assistindo: maravilhoso! Mas vou explicar o por quê.

O espetáculo começa com ela entrando no local do show dando a mão para várias pessoas e cantando Hello (escolha inteligente pra começar um show!). Aí já vemos que o que vem pela frente é algo diferente do que estamos acostumados.

Logo após ela já emenda Halo. E, por mais que a música já tenha tocado muito em todo o mundo, a performance é de arrepiar. Depois disso, vai cantando uma balada atrás da outra. E é nessa primeira parte do show que vemos uma Beyoncé que ainda não conhecíamos. Mais calma, cantando totalmente ao vivo e, ainda assim, extremamente cativante.

Na segunda parte do acústico já é possível reconhecer melhor a cantora texana. Afinal, ela volta a dançar e cantar suas músicas up-tempo. Nessa parte, ela nos conta sua trajetória musical, desde sua infância, suas influências, passando pelos tempos no Destiny Child e, depois, a bem-secedida carreira solo. Nos sentimos cativados pela sua simpátia e, ao mesmo tempo, atraídos por sua beleza.

Recomendo o DVD!

Momento Diva do show: "Acho que eles estavam meio certos, eu não tinha um hit no meu álbum. Eu tinha cinco!" - Excelente declaração da Bey sobre os produtores que não acreditavam no sucesso do seu primeiro cd.

Momento Miss Simpatia: "Assim você acaba tirando o meu trabalho" - declara a cantora depois de deixar uma espectadora (sortuda) cantar uma parte de Naughty Girl.